A data da Páscoa
O dia da Páscoa é algo que a maioria das pessoas aceita sem questionar o fato de não ocorrer numa data fixa.
A discussão para a fixação de uma data para celebrar a ressurreição de Cristo aconteceu no concílio de Nicéia no ano de 325, onde hoje existe uma aldeia chamada Iznik, na Turquia.
O concílio foi imposto e patrocinado pelo imperador Constantino para que houvesse uma data padronizada para a Páscoa por todas as seitas cristãs daquela época – um imperativo para a Igreja Católica (“Universal”). A fixação dessa data era algo muito complicado porque a ressurreição de Cristo ocorreu na páscoa judaica, cujo calendário baseia-se nas fases da lua, e não se dispunha de conhecimentos astronômicos para sincronizar as fases lunares com o calendário solar vigente – o calendário juliano –, que também era falho. Além disso, os cristãos queriam desatrelar essa comemoração da páscoa judaica. O jeito foi associar a ressurreição de Cristo ao equinócio da primavera, correlacionando-o com fases da lua e o ciclo semanal dos domingos. Confuso? Sim, e foi assim mesmo.
No concílio de Nicéia ficou definido que a Páscoa deveria cair no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio (da primavera, no hemisfério norte), mas nunca poderia cair no início da páscoa judaica. Um imbróglio, porque não havia conhecimento científico para definir com precisão a data do equinócio.
Equinócio é a data em que o dia tem a mesma duração da noite. Ocorre um equinócio na primavera e outro no outono.
Como curiosidade, temos também os solstícios – de verão (o dia é mais longo que a noite) e de inverno (quando a noite é mais longa).
E, por desconhecimento científico, fixou-se arbitrariamente o dia 21 de março para o equinócio da primavera. Essa arbitrariedade redundou em acúmulos de erros devido às incorreções do calendário juliano, e que só foram acertadas bem mais tarde no calendário gregoriano, elaborado sob orientação do matemático alemão Christopher Clavius durante o pontificado de Gregório XIII, em 1582 da era Cristã.
Nessa reforma foram omitidos 10 dias na contagem do mês de outubro de 1582, de modo que à quinta-feira, dia 4, seguiu-se a sexta-feira, dia 15 (com isso, era firmado o equinócio da primavera no dia 21 de março).
Foi adotada uma regra extra para fixar a Páscoa de modo que ela nunca ocorresse antes de 22 de março e nunca após 25 de abril: “A Páscoa ocorre no 1º domingo após a Lua Cheia Eclesiástica (13 dias após a Lua Nova Eclesiástica, definida segundo o ciclo metônico – do astrônomo grego Meton), que ocorre após ou no Equinócio da Primavera Eclesiástica (21 de março); caso o dia assim definido esteja além de 25 de abril, a Páscoa ocorre no domingo anterior; caso a Lua Cheia Eclesiástica ocorra no dia 21 de março e esse dia seja domingo, a Páscoa será no dia 25 de abril”.
Resumo da ópera: outro imbróglio.
Devido a essas definições, a Páscoa nem sempre ocorre num mesmo dia, o que aconteceria se sua definição fosse puramente astronômica.
Todavia, o calendário gregoriano não foi aceito por todos os povos ocidentais ao mesmo tempo. Alguns países aceitaram-no quando de sua imposição, a saber: Polônia, Portugal (Brasil), Espanha e parte da Itália. Outros países adotaram-no mais tarde: Inglaterra (1752), Japão (1873), Rússia (1918), Turquia (1927), etc.
A discussão para a fixação de uma data para celebrar a ressurreição de Cristo aconteceu no concílio de Nicéia no ano de 325, onde hoje existe uma aldeia chamada Iznik, na Turquia.
O concílio foi imposto e patrocinado pelo imperador Constantino para que houvesse uma data padronizada para a Páscoa por todas as seitas cristãs daquela época – um imperativo para a Igreja Católica (“Universal”). A fixação dessa data era algo muito complicado porque a ressurreição de Cristo ocorreu na páscoa judaica, cujo calendário baseia-se nas fases da lua, e não se dispunha de conhecimentos astronômicos para sincronizar as fases lunares com o calendário solar vigente – o calendário juliano –, que também era falho. Além disso, os cristãos queriam desatrelar essa comemoração da páscoa judaica. O jeito foi associar a ressurreição de Cristo ao equinócio da primavera, correlacionando-o com fases da lua e o ciclo semanal dos domingos. Confuso? Sim, e foi assim mesmo.
No concílio de Nicéia ficou definido que a Páscoa deveria cair no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio (da primavera, no hemisfério norte), mas nunca poderia cair no início da páscoa judaica. Um imbróglio, porque não havia conhecimento científico para definir com precisão a data do equinócio.
Equinócio é a data em que o dia tem a mesma duração da noite. Ocorre um equinócio na primavera e outro no outono.
Como curiosidade, temos também os solstícios – de verão (o dia é mais longo que a noite) e de inverno (quando a noite é mais longa).
E, por desconhecimento científico, fixou-se arbitrariamente o dia 21 de março para o equinócio da primavera. Essa arbitrariedade redundou em acúmulos de erros devido às incorreções do calendário juliano, e que só foram acertadas bem mais tarde no calendário gregoriano, elaborado sob orientação do matemático alemão Christopher Clavius durante o pontificado de Gregório XIII, em 1582 da era Cristã.
Nessa reforma foram omitidos 10 dias na contagem do mês de outubro de 1582, de modo que à quinta-feira, dia 4, seguiu-se a sexta-feira, dia 15 (com isso, era firmado o equinócio da primavera no dia 21 de março).
Foi adotada uma regra extra para fixar a Páscoa de modo que ela nunca ocorresse antes de 22 de março e nunca após 25 de abril: “A Páscoa ocorre no 1º domingo após a Lua Cheia Eclesiástica (13 dias após a Lua Nova Eclesiástica, definida segundo o ciclo metônico – do astrônomo grego Meton), que ocorre após ou no Equinócio da Primavera Eclesiástica (21 de março); caso o dia assim definido esteja além de 25 de abril, a Páscoa ocorre no domingo anterior; caso a Lua Cheia Eclesiástica ocorra no dia 21 de março e esse dia seja domingo, a Páscoa será no dia 25 de abril”.
Resumo da ópera: outro imbróglio.
Devido a essas definições, a Páscoa nem sempre ocorre num mesmo dia, o que aconteceria se sua definição fosse puramente astronômica.
Todavia, o calendário gregoriano não foi aceito por todos os povos ocidentais ao mesmo tempo. Alguns países aceitaram-no quando de sua imposição, a saber: Polônia, Portugal (Brasil), Espanha e parte da Itália. Outros países adotaram-no mais tarde: Inglaterra (1752), Japão (1873), Rússia (1918), Turquia (1927), etc.
Adalberto Nascimento
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