Cuca de japa
O cérebro humano pode, na realidade, ser considerado como dois cérebros: hemisfério direito e esquerdo, mais ou menos parecidos e interligados por uma ponte de fibras nervosas denominada corpo caloso.
Talvez por essa razão a “falta de um parafuso” seja a ausência dessa conexão.
O hemisfério direito comanda as atividades motoras e sensoriais do lado esquerdo do corpo, e o hemisfério esquerdo as do lado direito.
É provável que os ambidestros tenham componentes semelhantes nos dois lados. E também talvez por causa disso os canhotos forçados a escrever com a mão direita fiquem gagos – no meu curso primário era obrigatório escrever com a mão direita!
E sobre isso uma historinha: minha irmã caçula era canhota. Minha mãe conseguiu, com seu sangue germânico, impedir, naquela escola primária meio nazista, a tal obrigatoriedade. Hoje minha irmã é médica, ambidestra e não é gaga.
Isso porque existem funções dominantes em cada um dos hemisférios do cérebro. O hemisfério esquerdo é dominante nas atividades relacionadas à linguagem (falada ou escrita), enquanto que no hemisfério direito é dominante a construção de imagens visuais e espaciais. É o corpo caloso que promove a integração de palavras com imagens.
E essa integração é que é, de certa forma, “sui generis” para os japoneses.
Uma explicação disso, segundo os especialistas, decorre de eles terem dois sistemas de escrita: o kana (hiragana e katakana), silábico, fonético, semelhante à nossa escrita alfabética; e o kanji, herdado dos chineses, formado por símbolos que representam idéias.
Dessa forma, os japoneses processam, tanto na fala como na escrita, os dois hemisférios, enquanto que nós, ocidentais, usamos para aquelas funções quase que exclusivamente o hemisfério esquerdo.
Isso talvez faça parte da explicação sobre a versatilidade de um japonês comum. Além de sua capacidade e disciplina, é mais freqüente que os japoneses, na maturidade, apresentem dotes artísticos, como cantar (talvez por isso o sucesso do karaokê), fazer poesia, desenhar, pintar e apreciar sutilezas sonoras.
Ainda bem que recebemos um enorme contingente desses migrantes orientais. Hoje, citando Lima Barreto, eles também fazem parte “dessa nossa comparsaria de raças e tipos de fazer inveja ao mundo inteiro”.
Talvez por essa razão a “falta de um parafuso” seja a ausência dessa conexão.
O hemisfério direito comanda as atividades motoras e sensoriais do lado esquerdo do corpo, e o hemisfério esquerdo as do lado direito.
É provável que os ambidestros tenham componentes semelhantes nos dois lados. E também talvez por causa disso os canhotos forçados a escrever com a mão direita fiquem gagos – no meu curso primário era obrigatório escrever com a mão direita!
E sobre isso uma historinha: minha irmã caçula era canhota. Minha mãe conseguiu, com seu sangue germânico, impedir, naquela escola primária meio nazista, a tal obrigatoriedade. Hoje minha irmã é médica, ambidestra e não é gaga.
Isso porque existem funções dominantes em cada um dos hemisférios do cérebro. O hemisfério esquerdo é dominante nas atividades relacionadas à linguagem (falada ou escrita), enquanto que no hemisfério direito é dominante a construção de imagens visuais e espaciais. É o corpo caloso que promove a integração de palavras com imagens.
E essa integração é que é, de certa forma, “sui generis” para os japoneses.
Uma explicação disso, segundo os especialistas, decorre de eles terem dois sistemas de escrita: o kana (hiragana e katakana), silábico, fonético, semelhante à nossa escrita alfabética; e o kanji, herdado dos chineses, formado por símbolos que representam idéias.
Dessa forma, os japoneses processam, tanto na fala como na escrita, os dois hemisférios, enquanto que nós, ocidentais, usamos para aquelas funções quase que exclusivamente o hemisfério esquerdo.
Isso talvez faça parte da explicação sobre a versatilidade de um japonês comum. Além de sua capacidade e disciplina, é mais freqüente que os japoneses, na maturidade, apresentem dotes artísticos, como cantar (talvez por isso o sucesso do karaokê), fazer poesia, desenhar, pintar e apreciar sutilezas sonoras.
Ainda bem que recebemos um enorme contingente desses migrantes orientais. Hoje, citando Lima Barreto, eles também fazem parte “dessa nossa comparsaria de raças e tipos de fazer inveja ao mundo inteiro”.
Adalberto Nascimento
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